28 de set. de 2009


"Cadê meus olhos que não tem vêem,
meu coração que não se abre,
minha sensibilidade que se esvaiu?
Estou tão brutalizada que te falto...
Não desista de mim, Aracy, não desista"...


Poema pra minha gata Aracy,
que tem sido distratada por mim por tanto tempo e
que em nenhum momento me abandonou.
Só os bichos são capazes desse amor, só os bichos...

Da vida comum
só os laços comuns
me interessam.
Nada que me ofereça hoje
uma "ideia" de novidade
pode me interessar,
por mais simplório
que tudo possa parecer
não quero surpresas.
Sei o que quero,
sei do que preciso.
Não tentem me surpreender,
não estou disponível.
*


Apenas uma dificuldade.


Não adianta tentar dormir mais cedo, a cama parece uma frigideira e pode estar fazendo o frio que for, sinto calor de tanto que faço ginástica virando pra lá e pra cá...
Obras em casa e a vida parece que para, não consigo dar um passo à frente, fico "em tempo de espera".
Acho que o que salva é a minha camera fotográfica, ela registra que "o tempo não para", mesmo que pareça que sim e mesmo que a foto seja algo estático, ela ensina que esperar pode ser um tempo de contemplação...