21 de mar. de 2010

Para minha sobrinha de 14 anos...




Quando o amor começa a mostrar o seu poder de dominar as nossas almas, nossos dias, nossas noites e nossa respiração, é assim que ficamos, pedindo que nada atrapalhe esse "estado mágico de ser".
É assim que ele se apresenta pela primeira vez: grande, forte, totalitário, dominador.
Mas é bom, é tão bom que desejamos que nada no mundo atrapalhe esse envolvimento ao qual nos deixamos sucumbir, dominadas, e não queremos que nada nem ninguém possa invadir essa doce guerra que começamos a aprender a travar com o nosso íntimo.
Isso acontece na adolescência, quando começamos a aprender uma matéria que se apresenta única, como se a vida fosse só feita desse sentimento.
Mas o tempo passa, nos crescemos, aprendemos (nem sempre!) e passamos a entender que essa pedra bruta, avassaladora, é tudo o que temos de mais intimamente nosso. Não é de ninguém, como pensamos ainda jovens, é nosso, do nosso coração, da nossa índole, da nossa alma.
- É que a libido desperta ao mesmo tempo e nos confunde bastante, não tem nada a ver um com o outro, a libido com o amor, mas ambos nasceram para aprenderem a conviver e fazer-nos muito mais felizes. É isso.
Quando amadurecemos, aprendemos a definir com palavras o que nos parece indefinível quando somos adolescentes e nos encantamos com as palavras do velho Quintana, que na adolescência também não seria capaz de escrever o que escreveu, mas teve o carinho e o cuidado de deixar a sua experiência como matéria para reflexão.
Parabéns, minha querida, por estar vivendo o desabrochar do sentimento mais lindo que nasce em nós para nos fazer felizes, posto que é nosso, essencialmente nosso, e é tanto e tão grande que podemos fazer a concessão de doá-lo a quem souber o valor que tem e saiba respeitar-nos, da mesma forma que através desse amor, aprenderemos dia a dia a nos amar e respeitar muito mais.
I love you.
Titia

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